Nomes da ala ideológica do PL vão comandar comissões importantes da Câmara, e base do governo Lula tenta lidar com repercussão negativa
atualizado
Compartilhar notícia
Devido ao critério de proporcionalidade partidária, o Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro e maior legenda de oposição ao governo Lula, conquistou a liderança de duas das principais comissões permanentes da Câmara dos Deputados em 2024: a Comissão de Educação e a de Constituição e Justiça. Os nomes escolhidos pelo próprio PL para comandar esses importantes colegiados são da ala radical do partido: Nikolas Ferreira (PL-MG) e Caroline de Toni (PL-SC)
A repercussão entre militantes do governo Lula, porém, está sendo muito negativa, e os parlamentares do PT e o próprio Executivo agora estão buscando maneiras de minimizar as conquistas do PL, além de estratégias para reduzir o estrago.
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, criticou, nesta quinta-feira (7/3), as indicações do PL. “Primeiro foi respeitada a proporcionalidade. Segundo, eu acho uma irresponsabilidade do PL indicar pessoas desse nível mal-educado para presidir a Comissão de Educação. Isso depõe contra a Câmara, depõe contra o PL, depõe contra as instituições. Só tenho que lamentar, não tem como você intervir”, afirmou, referindo-se a Nikolas Ferreira.
Gleisi, porém, minimizou o impacto das escolhas para o governo. “Os projetos principais do governo não têm tramitado pelas comissões, aliás nenhum deles. É só vocês verem: as comissões estão esvaziadas, todos os projetos principais são em regime de urgência pra plenário. Nem a CCJ tem cumprido o seu papel de fazer uma análise mais profunda dos projetos”, argumentou.
Momentos depois, Nikolas usou as redes sociais para chamar Gleisi de “desequilibrada e anti-democrática” pelo comentário.
0 Comentários