Caiado diz que Moraes cala Bolsonaro porque veredito está dado

 Governador pré-candidato a presidente sugere "mudança", diante da escalada política com povo brasileiro em 2º plano

Ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado. (Foto: Arquivo/Isac Nóbrega/PR).

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), avaliou como grave a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta segunda-feira (4). Caiado avalia que a medida cautelar que impede Bolsonaro de se manifestar publicamente sinaliza que o veredito está dado e o ex-presidente já estaria condenado, antes da conclusão de seu julgamento na ação penal que o acusa de supostos crimes para “trama golpista”.

“A decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro confirma o que disse anteriormente: infelizmente, antes da conclusão de seu julgamento, o ex-presidente já está condenado. Se um cidadão não pode se manifestar publicamente em sua defesa, é porque o veredito está dado. Isso é grave”, publicou Caiado, nas suas redes sociais.

Apesar de prestar solidariedade ao seu aliado, o governador que é pré-candidato a presidente contra a reeleição de Lula (PT) sugeriu que o “Brasil exige mudança”, diante da escalada política entre Moraes e Bolsonaro, que estaria deixando o povo brasileiro em 2º plano. 

“O Brasil exige mudança, com uma liderança que tenha autoridade moral e seja capaz de dialogar com todos os Poderes e, com equilíbrio, pacificar o Brasil e conduzir as reformas que realmente importam. O País não aguenta mais ver seus problemas reais sendo deixados de lado, com os brasileiros reféns do crime organizado e sofrendo com a inflação e a falta de perspectivas, em meio a disputas que alimentam o caos e o confronto”, afirmou o governador.

Caiado também criticou que a ação penal contra Bolsonaro começou de forma errada, quando o Supremo decidiu pelo julgamento do ex-presidente na Primeira Câmara, não no Pleno da Suprema Corte.

“Essa escalada política aprofunda as divisões que ferem o País e deixam o povo brasileiro em segundo plano”, alertou Caiado.

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