PFs temem que secretário tenha “falado demais” e dado pista a CV e PCC

Fuga de prisão federal: secretário nacional do MJ, André Garcia detalhou quantitativo de policiais e equipamento usado na operação de busca

Hugo Barreto/Metrópoles
PFs Foto colorida de Marcola, líder do PCC -- Metrópoles

Novo secretário nacional de Políticas Penais [Senappen], órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, André Garcia concedeu coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15/2). Torpedeado por perguntas, forneceu informações sobre quantitativo de pessoal e equipamentos usados para tentar recapturar os dois integrantes do Comando Vermelho (CV) que, de forma inédita, escaparam de um presídio de segurança máxima. A exposição desses detalhes, contudo, foi vista com preocupação por policiais federais (PFs) que atuam na Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), grupo que tem justamente a função de minar facções como PCC e CV.

Os PFs temem que, na ânsia de dar respostas à sociedade, Garcia tenha municiado organizações criminosas com informações sobre os procedimentos adotados por forças de segurança em casos de fuga. “O PCC está tentando amadurecer um plano para tirar Marcola [foto principal] da prisão. Se um dia conseguirem fazê-lo passar pelo muro, agora já têm ideia de como o poder público atuará nas buscas”, exemplificou um integrante do Ficco, sob reserva.

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Durante a coletiva de imprensa, realizada em Mossoró, André Garcia deu detalhes sobre as buscas para recapturar Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça.

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