Dayse Amarilio cobra ação efetiva de parlamentares em relação a ex-PM que, em vídeo, incentiva vilipêndio de cadáver

 


Nesta terça-feira (5), a primeira Procuradora Adjunta da Mulher da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Deputada Dayse Amarilio (PSB), usou seu espaço de fala na Casa para externar sua revolta e pedir providências em relação a um vídeo que circula nas redes sociais no qual o Sr. Evandro Guedes, fundador da escola preparatória para concursos públicos AlfaCon, apareceu minimizando a pena por violar sexualmente corpos de mulheres mortas. 


Dayse, que é professora de preparatórios para concursos na área da saúde, solicitou ao presidente da CLDF, o deputado Wellington Luiz (MDB), que o vídeo fosse exibido no telão do plenário.


No registro, vê-se Guedes, que é ex-PM, em uma sala de aula falando deforma debochada sobre vilipêndio de cadáver, considerado crime contra o respeito aos mortos, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro. 


“Esse ex-policial e professor, tem 1,7 milhões de seguidores nas redes socais, é um influenciador. Se você segue uma pessoa como essa, pare de seguir. Pois, quem acha graça de uma postagem como essa corrobora com a ideia. E andamos com semelhantes. É por causa de posturas como essas que hoje nós temos recordes de feminicídios em nossa cidade e em nosso país “disse Dayse. “Gostaria de pedir que esta Casa se manifeste publicamente repudiando a atitude deste indivíduo. Meu gabinete irá acionar o Ministério Público, faremos uma representação para que ele responda, pois na verdade ele já deveria estar preso”, completou Dayse.


Relação entre impunidade e violência – Dayse ainda aproveitou para citar dados sobre a violência doméstica no DF e fez relação entre a impunidade e a violência que acaba por se perpetuar.


“Temos hoje 32 casos de feminicídio e 65 casos de tentativa de feminicídio. Eu fiz alguns requerimentos de informação. Eu gostaria de saber: onde estão as mulheres que quase morreram? O que o governo, o Estado está fazendo em prol destas mulheres? Elas estão sendo abraçadas, acolhidas? Elas têm suporte psicológico, creche, emprego? Essas mulheres quase foram mortas”, destacou Dayse. “ Outra coisa que quero cobrar é a regulamentação da “Lei dos Órfãos do Feminicídio”. Até agora não tivemos pagamento aos órfãos do feminicídios.  Enviamos requerimento de informações, mas não nos foi informado como as famílias poderão acessar o benefício.


Semana de Conscientização contra a violência praticada em meio virtual -  Ainda durante sua, a parlamentar aproveitou para falar sobre o projeto de lei que protocolou na Casa. A proposta cria a Semana de Conscientização contra a violência praticada em meio virtual no âmbito das unidades escolares da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal. 


De acordo com o texto, fica instituída a Semana Escolar de Conscientização contra a violência praticada em meio virtual, a ser realizada anualmente, no mês de abril, em todas as unidades escolares da Rede Pública de Ensino do DF.


Estão entre os objetivos da “Semana” promover a conscientização dos estudantes contra a violência praticada por meios virtuais; impulsionar a reflexão crítica entre estudantes, profissionais da educação e comunidade escolar sobre a prevenção e o combate à violência digital, especialmente daquela praticada a partir do uso de inteligência artificial. 


Além disso, também busca-se construção coletiva de ações no âmbito da unidade escolar que identifique os tipos de violência virtual, praticadas contra meninas e mulheres, em especial aquelas oriundas de inteligência artificial; promoção de formação continuada a estudantes e educadores sobre a temática da violência virtual; abordagem de estratégias e meios de atendimento aos estudantes em situação de violência, praticada em âmbito digital, com a apresentação de seus instrumentos protetivos e os meios para o registro de denúncias, em conjunto com demais órgãos do Poder Executivo, com a integração dos órgãos para atendimento e acompanhamento dos estudantes vítimas de violência e; elaboração de materiais educativos para identificação de violência em âmbito digital, a ser entregue para a comunidade escolar. 


A proposta estabelece que o calendário escolar deverá incorporar a temática da prevenção da violência em meio digital de forma transversal no currículo escolar e no Projeto Político-Pedagógico das Unidades Escolares.

Ascom Deyse Amarilio 

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