‘Progressistas não devem fidelidade a este governo’, reafirma Ciro Nogueira

 Presidente do PP diz que falta de responsabilidade fiscal é traição ao Brasil

Em destaque, à bancada, senador Ciro Nogueira (PP-PI). (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Diário do Poder teve acesso a manifestação do presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PP-PI), enviada aos membros do partido para expor contrariedade com o governo Lula mediante a fala do presidente da República alegando ‘impossibilidade’ de cumprir o déficit zero.

“Venho aqui transmitir a vocês o meu profundo sentimento de traição desse Governo atual. Não traição com o Progressistas. Mesmo porque o Progressistas não deve e nem pede fidelidade a este Governo do PT. Mas traição com o Brasil”, iniciou.

E completou: “Esse Governo escolhe os caminhos mais tortuosos possíveis na administração fiscal do País. Tanto a Câmara quanto o Senado acreditaram na seriedade fiscal apresentada pelo Governo quando da tramitação do novo Marco Fiscal. Alertamos para os diversos riscos do modelo apresentado, tendo em vista sua base sedimentada na busca por novas receitas e não pelo conjunto de receitas e corte nas despesas. Mesmo assim, o novo guia fiscal do Brasil foi aprovado”.

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A carta de Ciro aos deputados e senadores, endereça críticas a Lula e Haddad e recorda que o alcance da meta fiscal zero foi fruto de acordos firmados com o Congresso. “Como se não bastasse, somente o Presidente da República, o Ministro da Fazenda, que outrora criava ferozmente o teto de gastos e se apresentava como o fiel da balança do ponto de vista fiscal, agora se esquiva de repor o compromisso que fez durante a aprovação do Novo Marco Fiscal”.

Para o presidente do PP, a nova ‘face’ do governo em relação ao déficit fiscal põe em dúvida a condução feita pelo PT e classificou a indisposição do governo em enfrentar o tema como um indicativo ‘grave’.  “O Executivo entende ser necessário a alteração da meta, porém, escolhe a imprensa para comunicar o tema ao Congresso? É isso mesmo? É esse o tipo de tratamento que deve ser dado ao Congresso?”.

Para Ciro, o governo petista continua precisando do Congresso, mas “acha que não precisa mais”.

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