
A professora gravada enquanto destratava crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em uma escola pública do Guará, foi ouvida pela primeira vez nessa quinta-feira (6/7). À Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ela reconheceu que a voz ouvida nos áudios divulgados pelo Metrópoles é dela, mas não deu ouras declarações. A defesa da investigada comunicou que ela só se manifestará sobre as acusações na Justiça.
Também alvo de denúncias, a diretora da Escola Classe (EC) 8 do Guará afirmou à PCDF, na quarta-feira (5/7), que não tinha conhecimento dos fatos até ser informada sobre a gravação pela família que denunciou o caso. Além disso, a gestora ressaltou que a servidora envolvida no caso foi substituída.
Procurados pela reportagem, os advogados da professora também disseram que não se manifestarão sobre o caso, porque ainda não tiveram acesso aos detalhes da investigação.

Marina Valente, mãe de criança autista que estuda na Escola Classe (EC) 8 do Guará, conta que filho ficou com medo de ir à escola Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ela gravou áudios que registraram professora gritando com alunos da turma do filho Vinícius Schmidt/Metrópoles

Mãe denunciou o caso e disse que filho está traumatizado Vinícius Schmidt/Metrópoles

Para Marina, testemunhas também devem ser responsabilizadas como cúmplices Vinícius Schmidt/Metrópoles
Gravação escondida
A mãe de um garoto de 11 anos registrou momentos de humilhação vividos pelo filho e outros três colegas de turma, na EC 8 do Guará. Aos berros, a professora das crianças foi gravada enquanto ameaçava e depreciava estudantes com TEA.
Os áudios gravados pela mãe são de três dias: 5, 9 e 12 de junho de 2023. Ela usou um tablet guardado na mochila do filho para registrar as aulas da criança, ao perceber que o menino apresentava comportamentos incomuns em casa.
Na gravação, a professora chega a dizer às crianças para não começarem com “essa loucura” e os ameaça ao falar que eles vão “ver o que é bom para tosse”. Duas professoras ficavam responsáveis pelos quatro estudantes. A que teve os áudios divulgados está afastada, por licença-médica; a segunda, que continua em atividade, consta como testemunha do caso, por ter agido de forma conivente diante do ocorrido, segundo a denúncia.
Ouça:
window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push( mode: "rec-reel-2n5-a", container: "taboola-mid-article-reco-reel", placement: "Mid Article Reco Reel", target_type: "mix" );A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF) confirmou o caso, e a Ouvidoria investiga o ocorrido, com “devida apuração” da Corregedoria do órgão. “A pasta reforça o compromisso e o empenho na busca por elementos que permitam o esclarecimento dos fatos, bem como [oferecer] todo o suporte para os estudantes”, destacou.
“Medidas cabíveis”
Com as gravações, a família da criança de 11 anos registrou boletim de ocorrência na PCDF, que investiga denúncia por supostos maus-tratos. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Conselho Tutelar também foram acionados.
O gabinete da secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, recebeu e-mail da Ouvidoria do Governo do Distrito Federal (GDF), com detalhes sobre o caso. O departamento informou que “adotará todas as medidas cabíveis, podendo, inclusive, no curso da apuração, promover o afastamento da servidora, nos termos da Lei Complementar nº 840/2011”.
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