
O Filho de Mil Homens, adaptação do livro de Valter Hugo Mãe lançada recentemente no catálogo da Netflix, apresenta ao público Isaura, uma das personagens que sustenta parte da narrativa central da história. Interpretada pela atriz Rebeca Jamir, estreante no mundo do cinema, ela é estigmatizada pela própria família por perder a virgindade antes do casamento e forçada a se casar com um homem qualquer.
No filme, Rebeca contracena com grandes nomes como Rodrigo Santoro, Johnny Massaro e Grace Passô. Em entrevista ao Metrópoles, a atriz afirma que a troca com os colegas foi determinante para encontrar o tom delicado da personagem.
“Trabalhar com eles é uma honra para qualquer atriz e só potencializa essa troca ao trabalho. Quando você tem parceiros desse nível de excelência tudo se amplifica”, diz.
A atriz lembra que esperava com ansiedade a confirmação do elenco, sobretudo pela relação entre Isaura e a mãe, interpretada por Grace Passô. “Soube que era Grace e fiquei igualmente felicíssima. São atores gigantescos, aos quais eu admiro imensamente”, afirma.
A estreia no cinema marca um ponto importante na vida profissional de Rebeca, que começou no teatro ainda criança, no Recife. Ela diz que o audiovisual parecia algo distante e que foi a realização de um sonho fazer o filme.
“O cinema foi o que me despertou realmente para a decisão de ser atriz. E eu também gosto muito de ler, gosto muito do universo da literatura, dos romances, acho de uma importância tremenda. Então, estrear no cinema, com essa personagem tão rica, tão linda, baseado, num filme baseado nesse livro do Valter Hugo Mãe, foi muito maravilhoso”, afirma.
No filme, Isaura é uma mulher silenciada em todos os aspectos da vida. A atriz conta que precisou entender como comunicar uma personagem que fala pouco, mas reage muito.
“Esses personagens em busca de uma existência, em busca de um acolhimento, por incrível que pareça, acho que o silêncio tem tudo a ver com a busca pela própria voz. A gente precisa de silêncio. E há muitas vozes para encontrar a nossa própria. Então, acho muito poético trabalhar com isso”.
A experiência de Rebeca como mulher pernambucana também atravessou o processo. Ela diz que a formação cultural no Recife a levou ao sonho de um dia estar nas telonas. “Eu sou muito fã da cultura pernambucana, do cinema pernambucano e acho que isso compõe o imaginário da minha paixão pelo meu trabalho, pelo cinema, pelo teatro, pela música, pelas artes visuais, por tudo, acredito”, ressalta.
Atualmente, a atriz vive um momento de intensa circulação entre o teatro, o streaming e os cinemas. Ela está no filme As Vitrines, na quinta temporada de Sintonia e já começou a ensaiar o musical Domingo no Parque, inspirado na obra de Gilberto Gil, previsto para 2026.
“Passar por todas essas linguagens é uma delícia, porque eu tenho me redescoberto muito. Trabalhar com tantas linguagens e personagens diferentes são coisas que alimentam umas às outras”, afirma.
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