Motta entrega a Lula e STF cabeças de 3 bolsonaristas

 

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) | Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados

A decisão de pautar a cassação de mandatos na Câmara foi associada espertamente pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Rep-PB), ao projeto da dosimetria. Políticos mais experientes destacam que Motta viu a oportunidade de prestar vassalagem a Lula e ao STF, entregando-lhes de bandeja as cabeças dos deputados bolsonaristas Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro (RJ) e Carla Zambelli (SP) por diferentes razões, mas sobretudo porque desafiam autoridades que tentam riscá-los do mapa.

Jogada esperta

Para acalmar a direita, Motta incluiu Gláuber Braga (Psol-RJ), que havia prometido proteger, acusado de expulsar cidadão da Câmara a pontapés.

Cabeças entregues

Motta pautou a “dosimetria”, mas avisou que não pode “garantir” que o mesmo aconteça no Senado. Aliás, ele torce para que isso não aconteça.

Chances mínimas

O dono da pauta do Senado é do seu presidente, Davi Alcolumbre, que anda louco para se reconciliar com Lula, e dono de muuuitos cargos.

Cenoura de burro

Além de entregar as cabeças que Lula e o STF queriam, Motta ainda enterra o projeto da anistia, usando a dosimetria como cenoura de burro.

Marcos Pereira, presidente do Republicanos (Foto: Reprodução Youtube)

Marcos Pereira vira assunto após reunião de Flávio

Foram dois os assuntos que renderam após reunião de Flávio Bolsonaro e caciques do PL e União Progressista, segunda (8). As propostas do senador para acalmar a direita, claro, e o que incendiou a pauta de líderes da Câmara e Senado: a ausência do presidente do Republicanos, Marcos Pereira. A desculpa de “compromisso agendado” não foi digerida e foi até lembrada como a mesma usada por Hugo Motta para se ausentar do factoide de Lula sobre a isenção do Imposto de Renda.

Lá e cá

Pereira saiu visto como quem quer manter um pé em cada canoa. O partido tem lulistas e ocupa o Ministério de Portos e Aeroportos.

Silêncio orientado

Mesmo o silêncio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), que tem boa relação com o clã Bolsonaro, caiu na conta de Pereira.

Brigar é ruim

Marcos Pereira é parlamentar por São Paulo, Estado que mais elegeu deputados do PL de Flávio Bolsonaro em 2022: foram 17.

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