Parlamentar argumentou que é vítima de perseguição política

Os deputados federais decidiram ignorar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e se negaram a cassar o mandato da colega Carla Zambelli (PL-SP) por 227 a 170 votos, na madrugada desta quinta-feira (11), após haver poupado de cassação o deputado barraqueiro Glauber Rocha (Psol-RJ), mediante generosa liberação de emendas parlamentares pelo governo Lula (PT). Eram necessários 257 votos para a deputada perder o mandato.
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, mais cedo, havia derrotado Zambelli, que participou por videoconferência e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. “É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação”, apelou.
O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completa 18 anos nesta quinta-feira. O advogado da deputada, Fábio Pagnozzi, presente à sessão, fez um apelo:
– “Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas”.
O deputado (PL-SC) se utilizou de uma argumentação curiosa:
– “Senhores, eu suplico a todos que estão me ouvindo: não coloquem a digital de vocês para cassar o mandato. Todos sabem que o mandato vai acabar sendo cassado por faltas, mas não porque colocamos a nossa digital”.
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