NOTA DE REPÚDIO
Eu, Gessi Ramalho, ex-Conselheira Tutelar e defensora dos direitos da criança e do adolescente, venho a público expressar meu mais profundo repúdio e indignação diante da grave violação de direitos cometida contra uma criança de apenas 5 anos de idade, tendo como um dos envolvidos seu próprio pai — um ato de covardia que choca e revolta toda a sociedade.
O que torna esse caso ainda mais alarmante é o fato de que os violadores são agentes da DCA – Delegacia da Criança e do Adolescente, um órgão cuja missão é justamente proteger, acolher e defender os direitos das nossas crianças e adolescentes. A violência praticada por quem deveria garantir proteção representa uma ruptura institucional e moral que não pode ser ignorada.
Frente a esse cenário de horror e descaso, recordo que o Artigo 227 da Constituição Federal determina que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar, com absoluta prioridade, os direitos fundamentais das crianças e adolescentes, colocando-os a salvo de toda forma de negligência, violência, crueldade e opressão.
Não podemos permitir que esse caso caia no esquecimento. Não nos calaremos. Exigimos a apuração rigorosa dos fatos, a responsabilização dos culpados e o fortalecimento das instituições de proteção, para que não se repita tamanha traição ao dever de cuidado.
Reafirmo meu compromisso com a defesa da infância e convoco toda a sociedade civil, órgãos públicos e autoridades competentes a unirem forças. É inaceitável que a impunidade se torne cúmplice da violência.
Por justiça, por respeito e pela vida de todas as nossas crianças: esse caso não será esquecido.
Gessi Ramalho
Ex-Conselheira Tutelar
Defensora da Infância e da Justiça Social
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