
A surra do governo na Câmara dos Deputados, que barrou o aumento do IOF pretendido por Lula (PT) e o ministro Fernando Haddad (Fazenda), marca também mais uma derrota para Gleisi Hoffmann, que completa quatro meses à frente da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela “articulação política” de Lula. Gleisi chegou ao cargo em 28 de fevereiro e, desde então, só piorou a relação do governo com o Congresso. As derrotas têm sido sucessivas.
Tudo num mês
A oposição obstruiu a pauta da Câmara e conseguiu aprovar a urgência do projeto de anistia do 8/jan. O governo teve de apelar ao STF.
Discurso de ódio
O Congresso estudou, aprovou e sancionou o Dia da Amizade Brasil-Israel. Lula extrapolou o prazo e o Senado teve de promulgar.
CPMI no lombo
O governo petista também foi incapaz de impedir a criação da CPMI do INSS, que teve amplo apoio na Câmara e no Senado.
Malhação de Judas
Na última sessão conjunta, dia 17, Câmara e Senado derrubaram onze vetos de Lula. Agora, deletaram o decreto do IOF por 383x98 votos

Rejeição a Haddad complica governo na Câmara
A relação entre ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), azedou antes da votação que aprovou a derrubada do aumento do IOF, semana passada. Para Motta, o ministro andou falando mal e quer empurrar para os parlamentares o desgaste com o IOF. Para deputados, o presidente da Câmara diz que nem mesmo deu os 10 dias para que a Fazenda aparecesse com alternativa ao aumento do IOF, que isso é coisa da cabeça de Haddad.
É pessoal
Deputados próximos ao presidente da Câmara dizem que Haddad está para Hugo Motta assim como Alexandre Padilha estava para Arthur Lira.
Parceiraços no STF
Para piorar o clima, Haddad é entusiasta da ideia de levar ao STF a crise do IOF, o que é visto como desrespeito pelo Congresso.
Derrota à vista
Sem a menor disposição para ajudar o governo, a Câmara prepara outras derrotas para Haddad, como derrubar a taxação de LCIs e LCAs.
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