Lira mantém críticas a Padilha, mas nega retaliar Lula com ‘pauta-bomba’

 

Presidente da Câmara diz ter garantido a Lula, ainda em 2022, que o petista cumprisse promessas de palanque

Jornalista Pedro Bial questionou presidente da Câmara Arthur Lira sobre embate com governo de Lula em entrevista na TV Globo (Foto: Reprodução)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou suas críticas à articulação política de Lula (PT) no Congresso Nacional, mas negou atuar em retaliação ao presidente da República, com “pauta-bomba”, por causa de seu embate pessoal contra o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Em entrevista veiculada na noite de ontem (23), na TV Globo, Lira ressaltou: “Não sou antagonista de ninguém”.

Em entrevista ao jornalista Pedro Bial, o deputado alagoano que articula eleger um sucessor para o comando da Câmara negou estar fomentando instabilidades para o governo de Lula. E ponderou sobre o ataque público que fez a Padilha, chamado de “desafeto” e “incompetente”, ao exaltar ter garantido a Lula, ainda em 2022, que o presidente petista cumprisse suas promessas de palanque e tivesse um 2023 “espetacular” em sua avaliação.

Sua análise confronta com o atual desgaste do governo registrado em pesquisas de opinião neste primeiro quadrimestre de 2024. Mas tenta sinalizar sua alegada imparcialidade e um esforço do parlamento, no atual governo e no do seu ex-aliado e antecessor do petista, Jair Bolsonaro (PL).

Sobre os ataques a Padilha, o presidente da Câmara confirmou que o ministro o desagradou em diversas ocasiões. Mas admitiu que “podia ter adjetivado melhor” o articulador político do governo. “Mas vamos tratar isso com muito cuidado, muita cautela”, ponderou.

Cerco com CPIs 

Sobre a criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para atrapalhar o governo, Lira disse que reunirá líderes partidários do Congresso para discutir se vale a pena e é viável instalar eventuais investigações neste ano de eleições municipais. O presidente da Câmara afirma que avaliará qual o tema é mais importante. “Vamos fazer um acordo para que se faça ou não. Venderam uma versão de que seriam cinco”, criticou. Lira ainda citou “esforço muito grande” da Presidência da Casa, do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), “de convergir as matérias para que cheguem muito maduras ao Plenário da Câmara”.


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