Preso, Brazão diz à CCJ que tinha boa relação com Marielle. Vídeo

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Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar Marielle e Anderson, participou de audiência da CCJ da Câmara dos Deputados por vídeoconferência

 atualizado 

Reprodução/TV Câmara
Preso, Chiquinho Brazão fala à CCJ da Câmara dos Deputados

O deputado Chiquinho Brazão (RJ), que está preso por envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, participou virtualmente de uma audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (26/3).

O colegiado analisa se mantém ou não a prisão do parlamentar. O relatório do deputado Darci de Matos (PSD-SC) sobre o caso foi lido durante a sessão, mas teve votação adiada após um pedido coletivo de vistas.

Durante a sessão, o advogado de Brazão e o próprio parlamentar tiveram tempo para se defender das acusações. Brazão entrou ao vivo na reunião por meio de uma videoconferência e afirmou que tinha uma “ótima relação” com Marielle Franco.

Além disso, Chiquinho Brazão afirmou que o único atrito que teve com a vereadora foi durante uma audiência na Câmara Municipal do Rio para discutir a situação fundiária do município.

“Se entrarem e analisarem o início [da audiência], você vê que é uma coisa simples demais para tomar uma dimensão tão louca. Eu, como vereador, com uma relação muito boa com a vereadora. É só ver onde tiver as imagens. A gente tinha um ótimo relacionamento, só tivemos uma vez um debate onde ela defendia um interesse que eu também defendia”, afirmou.

O deputado também disse que existe um “ódio” nas pessoas que estão buscando culpados pela morte da vereadora. “A Marielle estava do meu lado, na mesma luta. Gostaria que vocês pudessem analisar antes de tomar essa decisão. Parece que cresce um ódio nas pessoas buscando, não importa quem, alguém”, afirmou.

Depois do discurso, Brazão foi chamado de assassino por parlamentares do PSol.

Veja:

Pedido de vista

A deputada Caroline de Toni (PL-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, concedeu nesta terça-feira (26/3) pedido de vista conjunto por 72 horas para o processo que analisa a manutenção da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ).

Brazão foi apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos supostos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O deputado federal Darci de Matos (PSD-SC), relator do processo, afirmou em parecer favorável à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a prisão.

Após a leitura do relatório, o deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) pediu vista alegando “pressa” para analisar os documentos e decisões que embasaram a prisão. Caroline de Toni (PL-SC), presidente da CCJ, vai analisar o pedido.

O deputado Chiquinho Brazão teve 20 minutos para fazer a defesa, que foram divididos com o advogado Cleber Lopes. A defesa do parlamentar afirmou que a prisão é “ilegal” e deve ser “imediatamente relaxada”.

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