
Provocou reações de admiraĂ§Ă£o no Congresso o “revogaço” de Javier Milei, anulando leis e promovendo uma desregulamentaĂ§Ă£o de proporções “bĂblicas”, e medidas como a proibiĂ§Ă£o de manifestações com obstruĂ§Ă£o de ruas. Apesar de a maior parte das medidas jĂ¡ ter sido adotada no Brasil, a expectativa Ă© que o DNU (Decreto de Necessidade e UrgĂªncia), versĂ£o argentina da medida provisĂ³ria, inspire projetos idĂªnticos por aqui. O anĂºncio de Milei foi acompanhado no Congresso.
Hora da rebordosa
“O paĂs estĂ¡ um caos por causa justamente da esquerda”, disse MaurĂcio Marcon (Podemos-RS), “agora sentem no bolso o mal que fizeram”.
Aluguel agora Ă© livre
Milei descomplicou o aluguel, cheio de amarras, fortalecendo o contrato, cujos termos serĂ£o definidos pelas partes, incluindo a moeda utilizada.
Se metiam até no futebol
Os peronistas proibiam atĂ© futebol-empresa. Milei autorizou sociedades anĂ´nimas (como a brasileira SAF). A decisĂ£o serĂ¡ dos clubes.
Foco em gerar empregos
O revogaço moderniza as relações de trabalho, tambĂ©m privilegiando o contrato e abrindo caminho para geraĂ§Ă£o de empregos.

Lira se impacienta e fica agressivo com deputados
O presidente da CĂ¢mara, Arthur Lira (PP-AL) abandonou o jeito cordial para disparar lĂnguas de fogo, em noite de votaĂ§Ă£o do orçamento. Ao ouvir Marcel van Hattem (Novo-RS) dizer que a Casa “virou kinder ovo, cheia de surpresas”, referindo-se a pautas inesperadas, Lira ameaçou: “Essa ousadia parlamentar vai acabar”. Sargento Gonçalves (PL-RN), de primeiro mandato, tambĂ©m levou invertida apĂ³s dizer que "hĂ¡ algo de errado" na pauta: "O senhor Ă© principiante, terĂ¡ tempo para aprender".
AntecedĂªncia
O principiante AndrĂ© Fernandes (PL-CE) foi solidĂ¡rio a Gonçalves. Disse que, deputado estadual, tinha tudo com antecedĂªncia de uma semana.
Voz da experiĂªncia
Lira nĂ£o reagiu ao calejado Chico Alencar (Psol-RJ): “A antecipaĂ§Ă£o Ă© prometida e muitas vezes nĂ£o cumprida; nĂ£o Ă© ousadia parlamentar".
Subindo o tom
Hattem (Novo-RS) pegou pesado: “Lamento a covardia de tirano", disse, sob aplausos. Lira reiterou a ameaça: “Essas brincadeiras vĂ£o acabar”.
Poder sem Pudor

Democracia’ garantida
Nos anos 1940, apesar do fim da ditadura de GetĂºlio Vargas, o poder polĂtico era definido segundo a vontade dos “coronĂ©is”, no interior. Caso de SĂ£o Caetano, no agreste pernambucano. LĂ¡, mandava o “coronel” JoĂ£o. Na primeira eleiĂ§Ă£o apĂ³s o Estado Novo, ele destacou capangas para o trabalho, digamos assim, de “boca de urna”: ficavam nas proximidades dos locais de votaĂ§Ă£o perguntando aos eleitores se eles votariam no candidato do coronel. Se a resposta fosse “nĂ£o”, os eleitores ouviam a “sugestĂ£o”: “Acho melhor o senhor nĂ£o votar, nĂ£o. É para nĂ£o atrapalhar a democracia.”
Presente de grego
Durante a Ăºltima sessĂ£o do Congresso, o senador Eduardo GirĂ£o (Novo-CE) protestou contra o aumento do indecoroso fundo eleitoral, que seu partido nunca usa: “É um presente de grego para os brasileiros”.
LadrĂ£o de estimaĂ§Ă£o
“Aos petistas que nĂ£o gostam de mim: o que falei mal do ladrĂ£o de estimaĂ§Ă£o de vocĂªs esse ano, fiquem tranquilos, 2024 tem mais”, avisa Nikolas Ferreira (PL-MG), apĂ³s ameaça de cassaĂ§Ă£o por xingar Lula.
Falando besteiras
O relator da Lei OrçamentĂ¡ria Anual, Luiz Carlos Motta (PL-SP), reagiu ao chilique de Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre orçamento: “Tem deputado que nĂ£o veio Ă s reuniões e, no encerramento, vem aqui falar besteira”.
Esconder o quĂª?
Jorge Seif (PL-SC) conseguiu apoio de 27 senadores, possibilitando a tramitaĂ§Ă£o da PEC do Voto Aberto, que ganhou força apĂ³s aprovaĂ§Ă£o em voto secreto de FlĂ¡vio Dino para o STF. O senador Ă© o autor da proposta.
DiĂ¡rio do Poder
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