Queimadas na Amazônia disparam e setembro foi o pior mês do ano

 Amazonas dobrou o estrago esperado no período, diz o Programa Queimadas

Foram registrados 6.991 pontos de incêndio na região amazônica, apenas em setembro. Foto: Nilmar Lage/Greenpea

O Amazonas registrou o 2º maior número de focos de queimadas em setembro desde 1998. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pelos dados do Programa Queimadas, foram registrados 6.991 pontos de incêndios no período. 

Segundo o Inpe, a média de queimadas no Estado neste período é de 3.003, ou seja, atualmente é mais que o dobro do valor estimado. O mês de setembro costuma ser o mês mais crítico de queimadas no Amazonas, no bioma e na região da Amazônia Legal. 

Já este ano foram contabilizados 14.682 focos de incêndio, mais do que a média histórica anual de 9.617. 

Além disso, os rios do Amazonas enfrentam uma seca severa. Na última sexta-feira (29), o governo amazonense decretou situação de emergência em 55 municípios atingidos pela circunstância. O decreto foi assinado pelo governador Wilson Lima (União-AM), tem duração de 180 dias. 

Lima também instituiu um Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental, coordenado pelo secretário executivo de Defesa Civil, Francisco Máximo, e pelo governador. O grupo tem o objetivo de monitorar e direcionar a implementação das estratégias do Governo para ajudar a população. 

De acordo com a Defesa Civil, a previsão é que a estiagem afete 500 mil pessoas no estado, a preocupação vai além do meio ambiente, mas com os efeitos diretos que ocorrem na saúde dessas pessoas. As queimadas podem ocasionar problemas decorrentes pela inalação de fumaça e fuligem como tosse, falta de ar e aumento de doenças pulmonares, por exemplo bronquite e asma. 

Diário do poder

 

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