Após polêmica, Haddad nega “descompromisso” de Lula com metas fiscais

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Questionado pela imprensa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou responder, porém, se a meta fiscal de 2024 está mantida ou não

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Hugo Barreto/Metrópoles
Imagem colorida do O ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que haja qualquer “descompromisso” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com as metas estabelecidas para as contas públicas do país. Em coletiva nesta segunda-feira (30/10), Haddad frisou que o chefe do Executivo federal pediu apoio da área econômica do governo para o diálogo com líderes do Congresso sobre o tema.

Na última sexta-feira (27/10), o presidente declarou que “dificilmente” o governo alcançará a meta de déficit zero nas contas em 2024, durante café da manhã com jornalistas. A medida repercutiu mal, e os índices da bolsadólar e juros futuros foram negativamente afetados pelo pronunciamento do petista.

“Não há, da parte do presidente, nenhum descompromisso, muito pelo contrário. Se ele não estivesse preocupado com a situação fiscal, ele não estaria pedindo apoio da área econômica para orientação dos líderes do Congresso”, declarou Haddad em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira.

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Segundo o titular da Fazenda, as falas de Lula refletem preocupação com a “erosão da base fiscal” do país. O ministro citou duas decisões da Justiça que contribuíram com a diminuição de arrecadação do governo federal e estados.

São elas: a decisão do STF que retirou o ICMS sobre a base de cálculo do PIS/Cofins; e a medida judicial que autorizou o abatimento, por empresas, de subvenções dadas por estados a empresas estão sendo usadas para despesas de custeio.

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Haddad evita responder sobre meta do déficit

Questionado pela imprensa, Haddad evitou responder se a meta fiscal de 2024 está mantida ou não.

“O ministério da Fazenda vai levar medidas para o governo para que os objetivos sejam alcançados independentemente desses contratempos que foram apurados ao longo do exercício e que têm causado a erosão da base de cálculo dos tributos federais. Mas precisa validar na política as decisões que vão ser tomadas”, declarou.

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