
Ministros do Supremo Tribunal Federal valorizam a autoestima, para dizer o mínimo, o que pode explicar a dificuldade do ministro Gilmar Mendes de admitir o erro de afrontar as prerrogativas do Senado para impossibilitar o impeachment dele próprio e dos colegas. Gilmar devolve ao cidadão, seu patrão, o direito de pedir impeachment com base em lei existente há 75 anos. Mas foi só: manteve dispositivos que enfureceram o País. E ainda apontou como o Senado deve legislar sobre o assunto.
É um começo
Gilmar desistiu de condicionar impeachment de ministro do STF ao crivo da Procuradoria Geral da República (PGR), emasculando o Senado.
Não passa nada
Para se ter ideia do que isso significa, Paulo Gonet, atual chefe da PGR, por exemplo, ex-sócio e amigo íntimo, foi também indicado por Gilmar.
Moro vê ‘avanço’
O “recuo” cosmético ajuda a reduzir a temperatura. “Há mais elementos a retificar, mas foi um avanço”, avalia o senador Sérgio Moro (União-PR).
Legislador sem voto
Gilmar impôs alterações na legislação, como a exigência de dois terços e não maioria simples dos votos dos senadores para instaurar processo.

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